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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Garça Soberana

Caminha com pressa
Com andar de garça ligeira
Mulher traiçoeira
Brinca com a vida esta louca feiticeira
Audaciosa e multiforme
Ela inspira poesia
Musa bipolar
Chega a beira da loucura
Carrega dentro de si a fúria
Garça estranha e esquisita
Alega ser nostálgica
Ta na cara que é bizarra
Vive na algazarra
Ave delirante, tão inconstante
Infiel, fina e elegante
Obscura e misteriosa
Sim! É santa! É puta!
Não identifiquei a sua conduta
Tamanha é a sua loucura
Ela esconde muita amargura
Mulher completamente exagerada
Sente-se só e desamparada
Vaca, Vadia, velada
Depravada, danada, insana
Uma despudorada e muito hilária.

Grace

Mulher que não sabe amar
Ela não cansa de tentar
Ela quer amar
Mas a coitada não sabe
Sozinha enrolada em sua alma ela fica
Parada
O medo a paralisa
Vai! Anda parasita
Não a deixa de caminhar
Suas pernas precisam andar
Não deixa este monstro te contaminar
Ela chega pra ficar
Se continuar nunca mais vai amar
O mundo não para
As pessoas estão com pressa
O mundo está com fome
Gente com sede de amar
Sede da vida
Vontade de gritar
Eles estão enlouquecendo
Os que se acham mais normais
São os mais loucos
Cuidado! Eles atacam
Te julgam, te consomem
E o medo chega sem avisar
Ela continua enrolada na sua alma
Diz que é branca
Ela tem uma luz
Apenas não a enxerga
Olha através dos óculos escuros
Encontra-se quase cega
Assim ameniza a dor da humanidade
A dor que carregamos por toda a vida
Aquela culpa maldita
Sai! E vai!
Segue sua vida
Arruma um namordado
Beija na boca da sua amiga mais bonita
Compra um beija-flor
Faça feira
Quebra o barraco
Caia na gargalhada
Seja hilária
Ama de verdade
Abre as pernas com maldade
Goza loucamente
Diga a verdade sempre
Se masturbe constantemente
Caia e aprenda
Seja mais forte
Olha nos olhos
E ame sem medo
E morra no susto

Manu Quesada

Furacão

Era essa a sua sina
Fúria!
Vulcão avassalador
Ai que dor!
Mulher devastada
Se rasgando de ódio
Mulher possuída por um furacão
Usava palavras obscenas
Pensamentos implícitos
Sentimentos maternos
Ventre neutro
Cicatrizes expostas
Múltiplos abortos
Humilhação de si própria
Medo, gozo explícito
Gargalhadas infinitas
Dentadura exposta, deboche
Uma vagina aberta com fome da multidão
Sede de amor, tato cheiro, contato
Falta de conexão
Noites perdidas
Insônias
Necessidade de ser notada
Precisa absurdamente ser amada

Droga maldita

Lembranças de um passado obscuro
Máscaras bizarras dentro de um inferninho
Droga maldita
Era a vida daquelas pessoas ofuscadas
Por um falso brilho notívago
Pernas e coxas
Corpos frenéticos
Ambição, luxúria
Vaidade e pecado
Mulheres expostas
Droga maldita!
Belas baladas
Esbelta era a magricela
Fazia pose de donzela
Mentira da falsa gazela
Quem é ela?
À noite, que chega assim
Sem nos avisar
Rouba o nosso pensar
Nos tira o sono e nos faz pirar
Até amanhecer
E vamos todos enlouquecer
Droga maldita!

Mulher no divã

Faço confissões mais íntimas
Escondo emoções verdadeiras
Fecho-me por inteira
Tento ocultar, calar
Ela me faz ousar
Me observa por inteiro
Me escuta
Quando menos espero, em silêncio
Ela me interrompe
Diz algo inusitado
Não quero escutar! Imagina enxergar
Porque dói
Ponho uma venda nos olhos
Ela tira de mansinho
Sabe me tratar com carinho
Para não me machucar
Esta que me acompanha em todas as horas
Na sala de espera, nos meus sonhos e no divã
E no infinito do meu inconsciente
Esta é a minha psicanalista!
Sinto amor de mãe, amiga
Quem é esta mulher que me acompanha?
Curiosidade, desejo do saber
Vontade de fazer parte da sua vida
E de nunca mais abandoná-la
Esta que já faz parte de mim
Da minha história
Que dificuldade de ir embora!
Falo horas a fio
Sinto-me envergonhada
Será que vai me julgar?
Sempre a mesma angústia e insatisfação
Sai pra lá mulher histérica
Deixa eu gozar

Mulher em transe

Mulher inibida
Fêmea faminta
Cadela no cio
Pedindo amor
Inquieta, inconstante
Mulher insatisfeita
Bicho solto implorando limites
Almejando liberdade
Da sua própria prisão
Que devastação!
Mulher possuída
Dentro dela habita um furação
Que reprimida se encolhe
Mulher mal resolvida!
Quer ser comida com aptidão
Mulher destemida
Nunca de bem com a vida
Goza na competição
Mulher louca, desvairada
Fala o que quer e não mede suas palavras
Paga o preço da sua autenticidade
Por muitos se torna um estorvo
Mulher histérica
A beira de um ataque de nervos
Sempre antes da menstruação
Mulher que sangra todo mês tem um "piti"
Mulher consumida por uma raiva
Cuidado! Ela sai de si
Quebra regras e fere a todos
Mas no fundo tem sua razão
Ela age com emoção
Essa mulher que são muitas
Mulher passional
Ama com instinto de um animal
Completamente normal
Mulher na TPM
Não tem nada igual
E você acha normal
Sua mulher com este astral
Passando mal
O xingando de animal
Mesmo sendo um homem paranormal
Nunca vai ser o tal
Acho que estou passando mal
Não me parece nada superficial
Tamanha a minha dor anormal
Que me aparece assim
Nesses dias sem fim
E eu fico assim
Vulnerável,
Sem saber de mim
Vai! Cuida de mim
Me sinto frágil
Mas sei ser afável
Absolutamente incomparável
E por fim insaciável
Nesse dia insuportável
Boa noite cinderelas
Não vão dormir com elas
Nem pergunte o nome delas
Elas passam
Existe remédio pra isso
Coloquem um fim nisso
Não me leve mal
Meu querido
Mas preciso de um amigo
Não só para olhar
Principalmente falar
Nestas horas é necessário
Conversar e se expressar
Para se acalmar
E aí sim amar, beijar, transar
E na cama ficar
E começo a chorar
Sem motivo para explicar
Da vontade de abraçar, rir e fazer xixi
E aí sim dormir

Alguém se habilita?

Seus olhos não me deixam em paz
Quero você e nada mais
Quero poder amar sem culpa
Este corpo que é só meuj
Amores vão e vem, eu sei
Mas eu quero que você fique
Não vou deixá-lo ir embora
Temos corpos a serem despidos
Eu sinto seu cheiro
E hoje escolhi sua pele
Decidi que hoje quero amor e sexo
Juras de amor, mesmo sendo mentiras sinceras
Quero o para mim
Ser meu homem, meu dono, meu filho, meu cachorro.
Vem pra mim logo
Tira a minha roupa de um jeito carnal
Urgente preciso ser desejada e bem amada
Alguém se habilita?

Sinto o vazio

Que insatisfação é essa que corrói a alma?
Sinto o vazio
Da mulher submissa
Da mulher sofrida
Da mulher perdida
Sinto o vazio
Da criança que chora
Do filho que jamais veio ao mundo
Sinto o vazio
Na igreja Católica
Nos nossos governantes
Na juventude sem ideais
Sinto o vazio
Na desigualdade social
Da fome e miséria
Da falta de educação
Sinto o vazio
Do preconceito ligado ao medo
Da resistência a dor
Da hipocrisia a demagogia
Sinto o vazio
Da mãe parindo
Da morte inesperada
Dos laços se rompendo
Sinto o vazio
De tudo que passou
Do que ainda não vivi

Fim

Amor que chegou na hora errada
Desencontro almas
Tempos opostos
Eu lhe dei tudo
E não disse nada
Loucuras sinceras não me interessam mais
Quero amor
Sua vida
Sua alma
Sua dor
Eu tentei mas o impossível aconteceu
Não adianta lhe forçar a me amar
Eu me encontro assim
Fora de mim
Estou ferida, frágil, vulnerável
Sem sentido
Eu lhe desejo do jeito que sempre imaginei
Meu amor
Meu homem
Meu dono
Me deu um filho
Me deu as costas
Porque tinha que ser assim
Meu amor longe de mim
O amor terminou
A luz se apagou
A flor morreu
O encanto adormeceu
E o fim aconteceu.

Frida

Cheiro de mato molhado
Vejo as cores da sua alma
Pinto o meu sofrimento
A dor que me consome as vértebras
Saudade do leite materno
Perda de um sonho de mulher
Ser mãe, ser viva, ser Frida
Mulher inteira, guerreira
Lhe dei meu ventre para todo o sempre
Rompi barreiras
Transgredi as normas
Com meus pés na terra infértil
Não lhe dei a vida
Sinto-me esquecida
Só consigo enxergar as cores do meu grito de dor
Quero meu amor! Meu Diego! Meu pintor!
Mesmo sofrida
Serei eternamente sua Frida.

Placenta Materna

Meu mundo é uma janela translúcida
Gira em sentido contrário
Não pertenço à órbita giratória
Ando na contra - mão
Não busco a normalidade
Anseio o enigma da alma humana
Prezo a contradição
O paradoxo das atitudes
Que venham as palavras não ditas
O silêncio na hora certa
As frases malditas de seres imprevisíveis
Estes que correm para um lugar que eu não faço quetsão de entrar
Esta tal felicidade que apenas é o momento
Acredito no agora
Agora é a única palavra que agora faz parte do meu vocabulário
O amanhã não sei onde estarei
Estou aguardando a minha hora de sumir
Medo de não saber a hora marcada
Por alguém que impõe a nossa partida
Para o desconhecido
Ah, se eu pudesse voltar para o útero da minha mãe!

Mar Revolto

Olho nos olhos de todos em minha volta
E o que vejo é medo, solidão e revolta
Consigo enxergar o coração
Como um mar revolto
Cheio de ondas gigantes e inconstantes
Respiro com aflição neste mundo cão
Descubro o enigma da alma de cada um
O que está por trás do véu, da máscara
A simplicidade é a beleza que vem da alma
O amor é simplesmente o encontro de duas almas
Hoje estou a procura de almas
Observo a sutileza, os detalhes, os narizes
Passei a gostar deste nome Alma
Poderia me chamar Alma
A minha alma e a sua alma
Encontro de duas almas

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Eluiza Elena

Senhora incontrolável
Generosa por natureza
Tem sua beleza
Brinca com a incerteza
Almeja festas, confetes e serpentinas
Mulher do povo, mãe de família
Louca na medida certa
Escuta Nelson Gonçalves
Dança agarradinho
Chega de mansinho
Me põe no colo devarinho
Me faz ninar no escurinho
Chega de mansinho
Me põe no colo devagarzinho
Me faz nunar no escurinho
Na varanda de sua casa
Oh minha tia ,querida irmã, amiga
Esta que não é compreendida
Tem alma de artista
Possui ância,fome pela vida
É uma libertina
Minha colombina.

Para minha vó

Que mulher forte! Mulher de fibra
Que amiga! Seu verbo é agir
Sua palavra é ação
Sua virtude chama-se determinação
Guerreira pós moderna
Mãe de todos
Sempre ela: ELEUZA
Pronta para seguir, pogredir
Estagnação não é seu lema
Maior qualidade : generosidade
Seu encanto : Suas mãos
Unhas vermelhas tocando violão
Trasbordando emoção
Sua marca está na cara
A pinta da identificação
Seu charme de menina
Esse ela não abre mão
E por que não ?
Tamanho é seu coração !
Eu a amo ! Minha Paixão!
Com eterna admiração.

Temporariamente Sua

Não quero pensar
Mas acabo me entregando
Não quero sentir
Mas já está dentro de mim
Não quero lhe ver
Mas com seus olhos eu enxergo o mundo
Seu cheiro, seus beijos
Continuam na minha pele
Mesmo distante
De longe eu sinto
Você dentro de mim
Eu me sentindo sua
cada vez mais sua
Eu com a minha loucura
Você com a sua
Quero que me possua
EU, você e a Lua
Aquela que me rege
Mulher de muitas fases
Que escuta muitas frases
Da sua boca enlouqüente
Louco, inconsequente
Que chegou tão de repente
Desesperadamente
Levou a minha mente
Temporariamente
Sua.